Acho que uma pessoa deve escolher a faculdade certa por amor.
Tenho ainda essa visão utópica. Escolhi o jornalismo sabendo que sofreria para entrar e me estabilizar no mercado.
Sou jornalista. Estou desempregada. Mas ainda não me arrependi dessa escolha, pois, não quero ser uma profissional frustrada.
De que adianta ganhar bem, mas não amar o que faz?
Trabalhar “apenas” para o dinheiro não é minha praia.
Tem que amar, acordar feliz por mais um dia de trabalho, dar sangue, coração...
Não vou desistir desse rumo que escolhi.
Não vou desistir da editoria esportiva.
Podem aparecer outras oportunidades, que sejam outras editorias.
Mas eu sei o que quero e onde vou chegar.
A paixão pela notícia move o jornalista.
A paixão pelo esporte move o jornalista esportivo.
E é aqui que estou.
Reportei minha paixão pelo esporte desde a infância, a hoje. Na escolha da minha carreira.
Criança é assim. Ama, vibra, venera. E eu era (sou) assim em relação ao esporte.
Uma vitória do meu flamengo alimenta minha alma. Uma olimpíada me emociona.
Porém, fatos lamentáveis como a falta de “paixão” de determinados esportistas dão nojo.
Essa semana, Sávio saiu do flamengo repentinamente, disse um decepcionante “Adeus” e embarcou para Espanha.
O Real Sociedad um dos últimos do campeonato espanhol, levou o ídolo rubro-negro embora. E como foi fácil!
E Sávio partiu na cara de pau. Obviamente que não é culpado único.
Porém, o ídolo era ELE. Respeito quem devia era ELE.
Esse fato não é novidade no futebol. Não existe mais amor à camisa.
Hoje é amor aos “euros”.
Só que o Sávio é (era) um ídolo em especial.
Ele é capixaba, já o conhecia quando ainda era um anônimo. Foi pro flamengo. Deu inúmeras alegrias. Foi embora.
Ano passado, quando não rendia mais no Zaragoza, alegou estar com saudades da família, do Brasil e que adoraria voltar ao flamengo. A torcida gritou o nome do Sávio no Maracanã. Quando o Zaragoza não o queria mais, o flamengo o recebeu de braços abertos.
Sávio chegou jurando amor ao flamengo e prometendo fazer a torcida feliz.
E eu, aquela fã do Sávio desde menininha, a garotinha que amou o flamengo e o Sávio, vibrei com a volta do Anjo Louro.
Pensei: Finalmente alguém que ama essa camisa!
Ah... que ingenuidade a minha.
Sávio estava esquecido no Zaragoza, voltou bichado, o flamengo o recebeu.
Voltou, NADA fez.
E saiu assim. Vergonhosamente. Deixou que os euros o levasse.
Mas ... que burrice, Sávio! Deixou um clube que o amava, uma torcida que clamava sua volta, um time que está na Libertadores, por mais euros! Mercenário sim!
Com 33 anos, em um time prestes a cair na segunda divisão.
Daqui apouco você volta pro Brasil.
Mas para o meu flamengo?
NUNCA MAIS!
Uma vez o respeito acaba, a admiração também...