Obs.Finalmente estou com meu blog de volta. Não estava postando devido a um “equívoco” do blogspot.
Ex - técnico da seleção ucraniana , Oleg Ostapenko concedeu essa entrevista a Folha de São Paulo.
E falou tudo que tinha que falar. Uma pena que vá sair. Pois com ele, a evolução da ginástica foi óbvia.
E falou tudo que tinha que falar. Uma pena que vá sair. Pois com ele, a evolução da ginástica foi óbvia.
Fonte: Folha de São Paulo
Admitindo estar cansado, o técnico da seleção, Oleg Ostapenko, tem três apostas para o Mundial de Ginástica: Daiane dos Santos não ganhará medalha, Laís Souza não estará 100% por não ter cuidado do peso, e Jade Barbosa será mais uma vez o destaque do time, como no Pan do Rio, em julho.O time feminino inaugura hoje a participação do Brasil no maior Mundial de ginástica artística da história.E, além de definir se irá ou não à Olimpíada de Pequim, no próximo ano, a equipe vê o início do processo de despedida do técnico ucraniano, que a dirige desde 2001.Em seu último Mundial pelo país, Ostapenko, com compromisso com o Brasil até os Jogos de Pequim, se diz cansado. A ponto de, apesar de suas previsões, explicar que tudo pode ocorrer à equipe no evento.À Folha, ele conta ser difícil trabalhar num país em que o crescimento da modalidade está atrelado ao fator econômico, sem se ater à mentalidade exigida pela ginástica.
FOLHA - Como o senhor avalia as chances do Brasil no Mundial?OLEG OSTAPENKO - O Brasil, não sei. Depende do que Daiane [dos Santos] e Laís [Souza], que estão machucadas, poderão fazer. Com elas competindo normalmente, podemos ficar de quinto a sétimo lugar [os 12 primeiros vão à Olimpíada do ano que vem]. Sem elas, será difícil ficar entre os oito primeiros classificados.FOLHA - Ficar fora da Olimpíada poderia abreviar sua permanência no país?
OSTAPENKO - Ficarei até o ano que vem e só. É muito difícil seguir no Brasil. Não há outras propostas como antes [quando foi assediado por China e Austrália], mas será difícil ficar. Além da saudade dos dois filhos e do meu neto, que vivem na Ucrânia, estou muito cansado no Brasil.É muito difícil trabalhar.
FOLHA - Mas a situação melhorou desde a sua chegada...OSTAPENKO - Sim, mas não é só dinheiro. Sou o técnico da seleção, mas tenho que corrigir erros da base. Corrigir é mais difícil do que criar coisas novas. Perde-se tempo. Não há muitos técnicos que conhecem a fundo a ginástica e que a praticaram a ponto de não deixar a atleta com erros básicos. Além disso, a ginástica é um esporte difícil. Todos os dias as meninas choram. Por isso meu cansaço não é físico, é mental. Veja Daiane, nunca vi isso em 40 anos de ginástica. Não pode treinar direito por causa das dores. Hoje, na equipe, a Jade [Barbosa] é mais promissora. Pode ser campeã mundial e até olímpica, se se mantiver bem, pois não se machuca como as outras.FOLHA - Esses problemas vão afetar a atuação do Brasil?
OSTAPENKO - Sim. No Brasil, é preciso pelo menos cinco centros de treinamento como o de Curitiba. China e EUA têm muitos ginastas, por isso são favoritos no Mundial. Machuca uma ginasta, eles têm outra tão boa quanto aquela. Essa diferença é fundamental, há concorrência para permanecer na seleção, por isso o Brasil ainda não passou de sétimo lugar [por equipes, obtido no Mundial de 2006].FOLHA - Mas o Brasil pode ficar fora da Olimpíada?OSTAPENKO - Não. No Mundial, atua-se sem aquecimento. Isso faz a diferença. A Daiane, por exemplo, pode ficar sem treinar, mas em dois dias readquire ritmo e vai bem.
FOLHA - A Jade tem chances de ir ao pódio?
OSTAPENKO - Tem tudo para isso. Tem físico, tem programa [séries] para isso. Ela poderia estar melhor, pois perdemos um ano para que ela parasse de chorar e se concentrasse nos treinos. Mas ela também tem sofrido com uma contusão no cóccix. Isso poderá ser um problema.
FOLHA - É comum as ginastas se machucarem tanto quanto as brasileiras?
OSTAPENKO - A ginástica é um esporte de impacto, às vezes machuca. Mas o fato de as brasileiras não mentalizarem que suas ações refletem na equipe é o problema. A Laís pesa 46 kg. Mas volta das férias com 51 kg. Aí faz um movimento, que antes fazia normalmente, sente o impacto maior e se contunde. Por isso está machucada. E ela é importante para a equipe.
FOLHA - Isso atrapalha...
OSTAPENKO - Sim. A Daniele [Hypólito] também tinha problemas com o peso. Ela foi muito capaz, mas hoje não tem tanta potência. Com 24, 25 anos, o homem está no seu auge físico. A mulher, não. Sente quando chega a essa idade. Daiane, hoje, só compete para ajudar a equipe. Não tem chance de ganhar nada. E a Laís não está 100%. Só a Jade tem chance no individual geral, no salto e no solo. Ela com certeza será uma prioridade para 2008.
FOLHA - E quem o senhor acredita que irá brilhar neste Mundial?
OSTAPENKO - Das meninas que vi, a italiana Vanessa Ferrari [atual campeã mundial do individual geral] e a americana Shawn Johnson [que obteve quatro ouros e uma prata no Pan-07] devem se destacar de novo no Mundial.
5 comentários:
Ele eh carrasco!!!
a jade vai ser campã olímpica!
Brasil em Pequim!!!
atualize mais esse blog.
ele eh excelente
Poxa, está faltando atualização heim.
Mas belo blog.
Entra no Domínio da Bola e da uma olhada.
http://dominiodabola.wordpress.com/
bjos
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