BlogSport com Lívia Albernaz
quarta-feira, fevereiro 20, 2013
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Três anos depois...
quarta-feira, junho 09, 2010
Chegou a hora!!!
Já foi o tempo em que eu assistia uma Copa do Mundo 100% focada na seleção canarinho. Esse patriotismo que antes tinha, devia ao fato de ter um avô nostálgico e bom contador das histórias de Copa. Em minha ingenuidade, eu achava que poderia reviver aquelas histórias nos dias de hoje. Só que a partir de 1998 percebi que não era assim. 2006 que o diga. Mas eu amo o futebol e apesar de não ser mais aquela garotinha que rasgava bandeira e chorava em derrotas brazucas, ainda sou louca por Copa do Mundo. Poderei ver os maiores do mundo, craques individuais passeando em campo... torço pelo belo futebol, exceto o da Argentina. Essa.. não quero ver brilhar de jeito nenhum...
Vuvuzela no ouvidinho do Messi!!!
http://www.spitorswallow.co.za/blowme.php
segunda-feira, maio 31, 2010
sexta-feira, maio 21, 2010
Flamengo: meu maior amor
É, dói. Dói muito ver uma competição que tanto sonhamos ter sido perdida pela incompetência do Flamengo.
É. Incompetência. Porque aquela La U não seria páreo para um Flamengo jogando decente. Exceto pelo Montillo ( e que puta jogador), se o Flamengo tivesse jogado o que jogou ontem a Libertadores toda, esse timinho ogro chileno teria ido pro saco.
Ontem gostei de ver meu time em campo. Foi o Flamengo que tanto amo. Raçudo, forte, poderoso. Mas as pedradas, moedadas, latadas de uma torcida ignorante e por um juiz em que eu poderia xingar todas as gerações dele, somada a incompetência dos jogos anteriores... Eliminaram o mengão.
É... não canso em dizer que doeu. Doeu porque eu sabia que o Flamengo podia. E não foi. Essa sexta está amarga. Mas bola para frente. Temos um heptacampeonato brasileiro para levar.
We can.
Enquanto isso, a macacada inferior e infeliz fica tirando onda de uma coisa que sequer são capazes de disputar. E estou nem aí para essas hienas que sempre na merda não sabem o que é triunfo. Não sabem o que é ser GIGANTE e PODEROSO.
Sou Flamengo. Hexacampeão brasileiro, rumo ao hepta. Tremam torcidinhas de merda, porque esse Flamengo... só a simples menção desse glorioso nome estremece qualquer um.
Respeitem esse Flamengo. Porque ele é maior que tudo.
Eternamente, Flamengo.
quarta-feira, abril 28, 2010
568 km longe de “casa”.
Para uma rubro-negra como eu, apaixonada, fiel, doente, roxa etc, etc... O manto sagrado é a segunda pele e o Maracanã a segunda casa. Mas como dificuldades existem e o destino foi cruel comigo, moro mais ou menos uns
A distãncia dói. Faz-nos sofrer, guardar cada centavo, deixar de curtir férias e viajar com um único intuito: Ir até o mengão. Onde ele estiver.
Mas em tempos de Gilmar Mendes, onde meu diploma de jornalista foi para o beleléu, onde existe concurso para jornalistas que se paga praticamente um salário mínimo, onde o dia a dia da profissão é de suor e luta, hoje estou com minha conta no vermelho e meu coração apertado.
E é por isso que nessa semana deixei de ir ao Maraca. Vou gastar o que não posso nos próximos jogos.
Minha fé é tanta que por vezes, chego acreditar que podemos chegar lá.
Trata-se do Flamengo. Do gigante Flamengo.
E mesmo
Vamos em frente, mengão.
Quero a Libertadores na raça.
sexta-feira, abril 02, 2010
Um adeus ao mestre
Esse post é uma homenagem ao mestre, a fera, o mito, um ícone do jornalismo esportivo e da época romântica do futebol.
Aquela época em que os magistrais dribles de jogadores como Garrincha, Pelé e Zico eram contados em palavras únicas, que levavam o leitor a despertar sua imaginação e visualizar o craque, a bola e jogadas perfeitas, dignas de serem imortalizadas.
E foi assim que “conheci” Armando Nogueira.
Lendo suas crônicas.
Mestre que criou o Jornal Nacional, vai deixar saudades principalmente pelo seus comentários sobre o futebol. Deixará saudades em poder enxergar o futebol através de sua paixão.
Vai com Deus, MESTRE!
México 70 Armando Nogueira
Mas, felizmente, a cautela e o sangue-frio vencem sempre: venceram, com o Brasil, o Mundial de 70, e venceram, também, na hora em que o desvario pretendia deixar Tostão completamente nu aos olhos de cem mil espectadores e de setecentos milhões de telespectadores do mundo inteiro.
E lá se vai Tostão, correndo pelo campo afora, coberto de glórias, coberto de lágrimas, atropelado por uma pequena multidão. Essa gente, que está ali por amor, vai acabar sufocando Tostão. Se a polícia não entra em campo para protegê-lo, coitado dele. Coitado, também, de Pelé, pendurado em mil pescoços e com um sombrero imenso, nu da cintura para cima, carregado por todos os lados ao sabor da paixão coletiva.
O campo do Azteca, nesse momento, é um manicômio: mexicanos e brasileiros, com bandeiras enormes, engalfinham-se num estranho esbanjamento de alegria.
Agora, quase não posso ver o campo lá embaixo: chove papel colorido em todo o estádio. Esse estádio que foi feito para uma festa de final: sua arquitetura põe o povo dentro do campo, criando um clima de intimidade que o futebol, aqui, no Azteca, toma emprestado à corrida de touros.
Cantemos, amigos, a fiesta brava, cantemos agora, mesmo em lágrimas, os derradeiros instantes do mais bonito Mundial que meus olhos jamais sonharam ver. Pela correção dos atletas, que jogaram trinta e duas partidas, sem uma só expulsão. Pelo respeito com que cerca de trezentos profissionais de futebol se enfrentaram, músculo a músculo, coração a coração, trocando camisas, trocando consolo, trocando destinos que hão de se encontrar, novamente, em Munique 74.
Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.
Orgulha-me ver que o futebol, nossa vida, é o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Trinta e duas batalhas, nenhuma baixa. Dezesseis países em luta ardente, durante vinte e um dias — ninguém morreu. Não há bandeiras de luto no mastro dos heróis do futebol.
Por isso, recebam, amanhã, os heróis do Mundial de 70 com a ternura que acolhe em casa os meninos que voltam do pátio, onde brincavam. Perdoem-me o arrebatamento que me faz sonegar-lhes a análise fria do jogo. Mas final é assim mesmo: as táticas cedem vez aos rasgos do coração. Tenho uma vida profissional cheia de finais e, em nenhuma delas, falou-se de estratégias. Final é sublimação, final é pirâmide humana atrás do gol a delirar com a cabeçada de Pelé, com o chute de Gérson e com o gesto bravo de Jairzinho, levando nas pernas a bola do terceiro gol. Final é antes do jogo, depois do jogo — nunca durante o jogo.
Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar? Os campeões mundiais em volta olímpica, a beijar a tacinha, filha adotiva de todos nós, brasileiros? Ternamente, o capitão Carlos Alberto cola o corpinho dela no seu rosto fatigado: conquistou-a para sempre, conquistou-a por ti, adorável peladeiro do Aterro do Flamengo. A tacinha, agora, é tua, amiguinho, que mataste tantas aulas de junho para baixar, em espírito, no Jalisco de Guadalajara.
Sorve nela, amiguinho, a glória de Pelé, que tem a fragrância da nossa infância.
A taça de ouro é eternamente tua, amiguinho.
Até que os deuses do futebol inventem outra.